Tchau amor

Já me despedi sabendo que era o início de uma história.
Já perguntei "Como vai" pra cortar papo,
Já me despedi com a boca decretando um “fica”, mas, por consciência a voz não saiu. 
Por consciência ou medo, acumulam-se incertezas no espaço entre os pulmões e a garganta,
Lixo emocional que nada instrui na hora de saber se é fogo ou se vai queimar.
Mas não é um caso pessoal, porque eu adoraria vender coragem pra comprar um pouco de lucidez. Porque naquele espaço de incertezas existem fantasias que não cabem em mim, que transbordam,
Criando mundos, onde deito em redes e  balanço o céu com nossos pés.
Eu tentei dizer que as coisas aqui são mais sedentas e libertas,
Que eu era sonhadora e tal, 
Que apesar de um coração guerreiro algumas coisas me matam aos poucos.
Mas eu estanquei tanta certeza e disse “Tchau” como quem diz “Obrigada”.


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