Quando for História

Quando for história
Não diga que foi um (a)caso, isso
Seria vulgar e pouco poético
Não explicaria o sentido que tem olhar uma foto
E não responder quem está perguntando
Não explicaria a delicadeza de uma noite
Nem o querer da tua risada de manhã
Isso eximiria o encontro de almas
Que ameniza o erro do tempo
Nem descreveria a boca que tremeu em perguntar
Quando volta?
Isso seria como apagar do texto vital
Quem mais rimou com a minha inquietude
Você
Queria mesmo era ler além de tuas palavras
Queria mesmo não querer
Ter!
Se fosse por acaso, eu não seria louca
Em beber de nós o amor que excede
Se não fosse deixar marcas,
Não teria ficado
Não tenho medo, mas condições
Que seja dor, mas amenizada por nossas lembranças
Que corte, apenas quando esconder teus pedaços em mim.
Pra quando houver medo, lembrar
Que tudo é História
De inscrições eternas.


Alcântara - MA. Maio, 2015

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