Inferno de Dante
E
tu, o que fará?
Tens
em tua mão agora
Uma
metáfora da vida
Mapa
que o subconsciente insiste em marcar.
Entregue
a ti, enrolado
Flores
embrulhadas
Em
sentimentos inexplorados,
Para
que tu abra
Por
passatempo ou desejo.
As
nossas pétalas e roupas
Uma
a uma ao chão.
Tu
Impotente,
diante
Do
hoje que é muda que insiste em pegar
De
duas vidas no singular
Que
no laço de Recife,
Os
corais se desatam,
Impossíveis
de guardar.
Varrerás
para tua memória,
Os
sorrisos que se encontram por cima da escrivaninha
E
chegam pelo celular?
E
eles
Seduzirão
o tempo que brica e o
Cheiro, criado pela imaginação.
Rascunhos
de alma e pele
Em
telas de ângulos oblíquos
De
angústia e sensibilidade.
E
eu
Acredito
no destino
No
arrebatamento ou outro qualquer
Que,
nos leve ao paraíso palpável
Pra
eu emergir
Nas
ondas do teu Martini,
Com
palavras
Quebrando
pouco a pouco
Os
vidros do teu olhar
No
êxtase que é estar nua
Sem
me molhar,
Com
os dois pés no chão e a alma
No
inferno pintado por Dante.
Cada
vez mais fundo
Onde
nossas flores foram envoltas
Tentando
guardar ao menos
Algumas
pétalas dessa história,
A
ser impressa
Em
livro de vazio e doces memórias.
Arte por: Jones Nideck (The Ordinary Art Of Dante)
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