Oásis

Às vezes lembranças suaves, outras o querer mais grave
Sei onde estás agora, mas prefiro crer que eu demoro a chegar
Sei que esconderá de mim quando puder ser mais
Mas nunca disfarçarei o sorriso sempre que te abeirar

Onde só o céu é testemunha desse caminho difícil
Procuro o teu doce em sorrisos, enquanto não chego perto
Resolvi fazer morada onde nunca poderá ser lar
Porque só aqui me livro desse deserto

E quando eu te encontro oásis, é em ti que eu bebo poesias, brilho e desejo
E é a tua água que vai amaciando as marcas
Dos dias que caminhei entre sono, sonho e sonetos
Lembrando de corpos ofegantes, sentimentos expandidos e bocas caladas

Sem saber nadar, mergulhei em tu que és poço radiante
De intensidade sem fim, me encho o suficiente pra quando
Te perder de vista, ainda assim,te levar comigo pelas areias e ventos
Como o mais indescritível desse caminho turbulento.

Foto: Dallila Moraes


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